quinta-feira, 6 de março de 2014

Rádio Philips modelo BX307U






Marca Philips
Modelo BX307U
Ano 1950

País Holanda

Número de série L124700E


Válvulas 5
Caixa em Baquelite
Altura 20 cm
Largura 27 cm
Profundidade 19 cm
Peso 3,2 Kg.

Bandas OM/MW, OC1/SW1, OC2/SW2


Fonte de alimentação AC/DC 117-220 Volt







Mostrador e escala de ondas

Painel frontal em frente ao alto-falante

Botões de On/Off, Tonalidade e Volume; Selecção onda e Sintonização

Traseira

Interior

Modelo e Número de série

































1 x UAF42
1 x UBC41
1 x UCH42
1 x UL41
1 x UY41









Service manual

Esquema

Esquema

Esquema










A RÁDIO CONCORRE COM A IMPRENSA ESCRITA

Rádio e informação: uma dicotomia que hoje nos parece natural, quase obrigatória. Pois bem, ao principio as coisas eram bem diferentes. Foi necessário muito tempo para descobrir que as ondas constituíam o meio ideal para fazer chegar rapidamente a informação a muito mais público que qualquer que qualquer meio impresso tradicional. E depois foi preciso ainda mais tempo para descobrir como fazê-lo, em parte porque os que recolhiam e ofereciam a informação, os jornalistas, se entrincheiraram em duas posições opostas e extremas, ambas prejudiciais para o desenvolvimento do novo meio : por um lado, os defensores da inovação, atraídos sobretudo pela possibilidade de se salientarem individualmente, não só graças à assinatura no fim do artigo, mas também através da sua voz, e, no lado oposto, os que se agravavam à tradição, que viam na rádio um perigoso elemento perturbador dos privilégios e do poder adquiridos. A esta situação há que acrescentar a atitude das instituições politicas, que esperavam que a rádio lhes permitisse mudar as regras de grande independência que a democracia tinha concedido à imprensa escrita. Por estas razões, e por muitas outras de carácter técnico (por exemplo, a dificuldade de em realizar transmissões em directo), a aproximação da rádio à informação foi muito cautelosa: as primeiras notícias transmitidas através das ondas eram acontecimentos totalmente ultrapassados, como as cotações da bolsa, ou insignificantes do ponto de vista político, como as previsões do tempo e os boletins meteorológicos com as temperaturas do dia anterior).

Os primeiros “directos”

No início da década de 1920, nos Estados Unidos a rádio já oferecia informação, enquanto a Europa ainda se encontrava bastante mais atrasada neste campo: a primeira crónica de rádio “em directo” realizou-se em 1924, na Checoslováquia. Em Praga, estava programado o combate de boxe entre o checo Frantisek Ruzicka e o norte-americano Rocky Night. Um especialista em boxe, instalado junto do ringue, de telefone na mão ia relatando o que sucedia ao locutor do diário radiofónico Adolf Dobrovolny, que por sua vez ia mantendo os ouvintes informados sobre o desenvolvimento do combate. Portanto, embora o acontecimento se tenha feito esperar; o gelo estava quebrado e alguns meses depois nos Jogos Olímpicos de Paris, parecia que já seria possível realizar uma crónica radiofónica em directo, que devia ser feita pelo jornalista desportivo Edmond Dehorter. Mas os colegas da imprensa escrita estavam preocupados com a concorrência do novo meio, muito mais ágil e rápido que os jornais, e conseguiram que as autoridades proibissem Dehorter de entrar no Estádio Olímpico de Colombes. Mas o cronista francês não se deu por vencido: adquiriu um dirigível e sobrevoando o estádio, retransmitiu a partir do cesto um relato rigoroso das competições. Era evidente que já nada podia deter a rádio, ao mesmo tempo que se confirmavam as previsões de John Reith, o fundador da BBC, que, dois anos antes, para evitar a concorrência feroz, tinha determinado que a rádio inglesa só podia transmitir noticiários a partir das 19 horas, com o objectivo de não interferir com as vendas dos jornais diários.





Histórico:
- Criado em 2014-03-06
- Actualização 2017-09-23 - Imagens, especificações, outra informação e reformulação geral.

- Actualização 2018-02-16 - Novo formato

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